A lei federal 2.749, de 1956, do senador Mozart Lago (1889-1974), determina o uso da forma feminina para referir-se a cargos públicos ocupados por mulheres. Com a eleição da primeira mulher à Presidência da República no Brasil, a questão passou a ser alvo de discussões entre professores, gramáticos e dicionaristas. A polêmica em torno do uso de "presidenta" deve-se ao fato de que na língua portuguesa os substantivos terminados por -nte são comuns de dois gêneros, portanto, invariáveis: o estudante, a estudante; o atendente, a atendente, etc. Por essa lógica, o correto seria dizer "o presidente", no caso de um homem no cargo, e "a presidente", no caso de uma mulher no cargo. No entanto, alguns linguistas da USP, como Marcelo Módolo e Elis Cardoso de Almeida, ponderam, citando que a forma "presidenta" é um termo antigo, que já existia desde o dicionário de Cândido Figueiredo (1899). Além disso, a palavra no feminino já consta no Vocabulário Ortográ...