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Mostrando postagens de novembro, 2007

A granel ou à granel?

A primeira forma é a correta. Não há crase nessa locução porque granel é um substantivo masculino. A locução “a granel” significa “sem qualquer embalagem ou acondicionamento”. Diz-se também de mercadoria vendida sem embalagem, em quantidades fracionárias. No sentido figurado, refere-se a algo em grande quantidade, a rodo.

Madeichas ou madeixas?

A segunda forma é a correta. Para sabermos a grafia certa, só consultando o dicionário. O “Houaiss” explica que madeixa vem do latim “matáxa, ae” e refere-se a “fio ou corda de tecer, em estado bruto”. Significa: feixe de cabelos da cabeça, encaracolados ou trançados; mecha; pequena meada; porção de lã, algodão, linho ou seda, a qual, passada à dobadoura, se pode reduzir a novelos.

Hesitar ou exitar?

Hesitar é a forma correta quando o verbo significa: demonstrar dúvida; não estar ou não se mostrar seguro; duvidar; vacilar; gaguejar; titubear. Já exitar é o mesmo que ter bom êxito, bom sucesso, resultado satisfatório. Hesitar e exitar têm significados bem diferentes. Lembre-se disso para não hesitar ao escrevê-los.

Pró-ativo ou proativo?

A segunda forma é a correta. Proativo, um adjetivo, veio de “proactive”, do inglês, como explica o dicionário “Houaiss”. A professora Maria Tereza Piacentini faz uma definição precisa do que é ser proativo: “algo ou alguém que antecipa futuros problemas, necessidades ou mudanças, que seja capaz de mudar eventos em vez de reagir a eles, fazendo com que as coisas aconteçam; é ser ágil e competente”.

Antivéspera ou antevéspera?

A segunda forma é a correta. A diferença entre uma forma e outra está no prefixo da palavra “véspera”, que é o dia que imediatamente antecede aquele de que se trata. Antevéspera é o dia anterior à véspera. O prefixo “ante-” significa “antes de”. Já o prefixo “anti-”, que indica oposição, sentido contrário, não faz sentido na junção com “véspera”.

Bereba ou pereba?

As duas formas constam nos dicionários. Do tupi “pe'rewa”, que significa ferida, machucado, em português, pereba designa vários tipos de lesão de pele. Bereba é uma das variações; outras são pereva e bereva. Um uso informal de pereba é para o indivíduo que exerce a profissão de maneira medíocre, especialmente no futebol. Outro uso, por extensão de sentido, é para pessoa medíocre, sem expressão.

Puxão de orelha

O BOM DIA escorregou no português e o leitor puxou a orelha com razão. Todos nós gostaríamos de ser isentos de erro, mas temos consciência de que somos falíveis. Não é por isso que vamos deixar de ler e reler várias vezes nossos textos à caça de erros. Ler, reler e reler faz parte da escrita, ops, fazem. A frase da merecida bronca foi: “E se os supermercados não darem sacolas?”. Darem? Não. Derem. O tempo verbal dessa frase é o futuro do subjuntivo, que marca a eventualidade do futuro, o que pode ou não acontecer. Ele é usado sobretudo em orações subordinadas adverbiais condicionais e temporais, neste caso com as conjunções “se” e “quando”. O verbo “dar” na 3ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo é “derem” – se eles derem. A pergunta que o BOM DIA deveria ter feito é: “E se os supermercados não derem sacolas?”.