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Mostrando postagens de março, 2007

'Baixa autoestima' ou 'Baixa estima'?

A primeira forma é a correta. A palavra é autoestima. Não existe baixa estima (ou baixa-estima). Baixo se opõe a alto (com “l”), por isso a confusão com “auto” (com “u”), já que a pronúncia é a mesma. O prefixo “auto-” tem o sentido de “ele/si próprio” (ex.: ajuda e autoajuda). Ele se une com hífen a palavras iniciadas por vogais e pelas consoantes “h”, “r” e “s”. (post atualizado conforme a nova ortografia: de auto-estima para autoestima)

'Veredicto' ou 'Veredito'?

As duas formas são corretas e aparecem como sinônimas no Houaiss, em edição recente. Ambas já estão registradas no Volp, da Academia Brasileira de Letras. Veja aqui a postagem original, de 2007, com as correções: A primeira forma é a correta. “Veredicto” é uma palavra de origem latina e seu significado ao pé da letra é “verdadeiramente dito”. Segundo o “Houaiss”, “veredicto” é a decisão do júri, ou de qualquer outro tribunal judiciário, acerca de um processo. A palavra “veredito” não existe. Um caso contrário a esse e que gera muita confusão é o da palavra “aficionado”, que é sem o “c”. Portanto, é incorreto dizer “aficcionado”. (post atualizado em 18/10/2017)

Casos de paronímia (7)

1. “Flagrante” e “fragrante”. “Flagrante” quer dizer o que é visto ou registrado no próprio momento de realização; o que é evidente e não pode ser contestado. Ex.: “Os policiais foram presos em “flagrante”. “Fragrante” significa o que exala bom odor, cheiroso, perfumado, portanto, está associado à fragrância. Ex.: “Comprei rosas fragrantes”. 2. “Área” e “ária”. “Área” é o mesmo que uma extensão mais ou menos limitada de espaço, um território, uma superfície, dentre outros sentidos. Ex.: “O BOM DIA circula em grande área do interior de São Paulo”. Já “ária” é relativo à música e tem como um de seus significados a composição para voz solista que integra uma ópera ou cantata.

'Liquidação' ou 'Liqüidação'?

As duas formas estão corretas. Ocorre trema nos grupos “gue”, “gui”, “que”, “qui” que tenham o “u” pronunciado. Ex.: agüentar, pingüim, seqüestro. Em algumas palavras o trema é facultativo porque há duas pronúncias oficiais. Ex.: liquidação e liqüidação, liquidificador e liqüidificador, antiguidade e antigüidade, sanguíneo e sangüíneo.

'Ar condicionado' ou 'Ar-condicionado'?

As duas formas estão corretas, mas não se aplicam à mesma coisa. Ar condicionado, sem hífen, é o ar resfriado ou aquecido por meio de um aparelho específico, um condicionador de ar. Já o ar-condicionado, com hífen, é o nome do aparelho que resfria ou aquece o ar. Seu plural é ares- condicionados. Exemplo: “Com o calor, as lojas fazem promoção de ventilador e ar-condicionado”.

Casos de paronímia (6)

1. “Mantilha” e “matilha”. “Mantilha” é um tipo de véu, uma “echarpe que faz parte do traje nacional das espanholas, larga e comprida, de seda ou renda”, que cobre a cabeça e cai sobre os ombros. Já “matilha” é o coletivo de cães e também pode significar o “grupo de submarinos quando atacam em conjunto”. Ex.: “Aquela matilha anda por dois bairros inteiros”. 2. “Delatar” e “dilatar”. O verbo “delatar” significa denunciar alguém ou a si mesmo por algum crime. Ex.: “Ele delatou a quadrilha à polícia”. Já “dilatar” quer dizer “aumentar, pela elevação da temperatura, o volume ou as dimensões de um corpo”. Ex.: “O metal foi dilatado pelo calor”.

'Chegar a' ou 'Chegar em'?

A primeira forma é a correta. O verbo “chegar” rege a preposição a (Cheguei a Santos). Embora seja muito comum, “chegar em” é coloquialismo, portanto, é inadequado na escrita. A única exceção para o uso de “chegar em” é quando há referência a tempo (Chegar em cima da hora).

'O bate boca' ou 'O bate-boca'?

A segunda forma é a correta. O substantivo masculino “bate-boca” é composto de um verbo e um substantivo. Seu plural é “bate-bocas”. “Bate-boca” não deve ter seu “verbo” conjugado. As formas “bateu-boca” e “bater-boca”, com hífen, não existem. Escreva “bater boca” e “bateu boca”.

Casos de paronímia (5)

1. “Dispensa” e “despensa”. O único significado de “despensa” é: divisão da casa ou armário em que ficam as provisões alimentares. Já “dispensa” também pode ser usado com esse sentido, segundo o “Houaiss”, mas, além disso, também pode significar: cancelamento de uma obrigação e rescisão do contrato de trabalho. 2. “Empenado” e “empinado”. “Empenado” pode ser o que está adornado com penas ou o que está deformado, torto, algo que empenou. Ex.: “A fantasia mais empenada venceu” e “A porta está empenada há anos”. Já “empinado” é oque está levantado, erguido, emposição reta, ereta. Ex.: “A bicicleta ficou empinada na acrobacia”.

'Se não' ou 'Senão'?

As duas formas estão corretas. Usamos “se não” quando equivaler a “caso não” (haverá jogo se não chover) ou “quando não” (é difícil se não impossível fazer isso). “Senão” é o mesmo que “do contrário” (estude senão não conseguirá a vaga) ou “a não ser” (ninguém senão o político pode dar explicações).

'Forno à lenha' ou 'Forno a lenha'?

A segunda forma é a correta. Relembrando a formação do acento indicativo de crase, é necessária a presença da preposição “a” e do artigo “a(s)” para que ele se justifique. No caso de locuções de meio ou instrumento, como “a lenha” e “a gás”, não há a presença do artigo, somente da preposição.

Casos de paronímia (4)

1. “Emergir” e “imergir”. De acordo com o “Houaiss”, “emergir” significa trazer ou vir à tona. Ex.: “O escândalo emergiu há cerca de um mês”. Já “imergir” quer dizer entrar ou penetrar em alguma coisa, em algum lugar; adentrar-se; estar imerso; afundar-se. Ex.: “Os guardas florestais imergiram na mata” e “O Titanic imergiu-se no mar”. 2. “Peão” e “pião”. “Peão” é o auxiliar de boiadeiro, o servente de obras, o trabalhador rural. Também é o nome de algumas peças do jogo de xadrez. Ex.: “O fazendeiro contratou um peão dedicado”. Já “pião” é um brinquedo, geralmente de madeira, com ponta metálica, enrolado em um cordão. Ex.: “Os meninos adoram jogar pião”.