A primeira forma é a correta, sem crase.
Podemos analisar de duas formas. Primeira: A pena vale. A dor vale. Sujeito e verbo. Ao inverter a ordem, temos: vale a pena. Segunda: O esforço vale a pena. O esforço vale o sacrifício, não *ao sacrifício. De todas as formas, temos somente um artigo depois de “valer”, sem preposição. Portanto, sem crase.
Podemos analisar de duas formas. Primeira: A pena vale. A dor vale. Sujeito e verbo. Ao inverter a ordem, temos: vale a pena. Segunda: O esforço vale a pena. O esforço vale o sacrifício, não *ao sacrifício. De todas as formas, temos somente um artigo depois de “valer”, sem preposição. Portanto, sem crase.
Comentários
O correto seria "Língua portuguesa no dia-a-dia"!
Com hífen, pois neste caso é NO dia-a-dia e não dia a dia!
E reveja as tuas regras para "porquinho-da-índia"! Corrigiu a mulher errando duas vezes.
Marisa Telo
João Paulo Hergesel
Bjus
http://blogluminoso.blogspot.com.br/
“Pena” vem do grego poiné, como era chamado o dinheiro dado por um matador aos parentes de sua vítima – um tipo de indenização da época. Na mitologia grega, Poiné era ainda a deusa responsável por impor o castigo, ou seja, a pena. Alguns historiadores usam “poinas”, assim mesmo, no plural, para descrever os espíritos que se vingavam de quem matasse pessoas. O equivalente em latim, poena, virou sinônimo de dor, sofrimento e tipos de punição aplicados por juizados civis. O termo originou dezenas de palavras em diferentes idiomas. Antigamente, na França, usava-se a expressão para se referir a alguém bem remunerado – fulano valia o trabalho, o sacrifício. Ou seja, valia a pena.
Outra vem da mitologia egípcia e é mais a minha cara…hehe.
Segundo O Livro dos Mortos, uma vez preparado o cadáver e depositado no sarcófago, fazia-se uma procissão rumo ao túmulo e chegando lá o sacerdote realizava o ritual de abrir a boca da múmia, para que ela (múmia) voltasse à vida. Todo o material funerário, juntamente com o sarcófago e as oferendas, era depositado no túmulo, que, a seguir, era selado para que nada perturbasse o eterno repouso do defunto. Assim, o morto iniciava um longo percurso pelo mundo Além-Túmulo.
Anúbis, levava-o perante Osíris, o qual juntamente com outros deuses, realizava a chamada psicostasia, em que o coração do defunto era pesado. Se as más ações fossem mais pesadas que uma pena de avestruz, o morto iria para o Inferno Egípcio. Se passasse satisfatoriamente por essa prova, podia percorrer o mundo subterrâneo, cheio de perigos, até o paraíso (Campos de Iaru).
Assim, sua vida tinha que ser vivida de forma a valer a pena na hora do jugamento final."
Fonte:http://www.meunomenaoekerol.com/2009/10/como-surgiu-a-expressao-vale-a-pena/
Obrigada por compartilhar aqui :)
O Dicionário Etimológico do Antônio G. da Cunha (Ed. Lexikon) explica que a palavra "pena", com o sentido de castigo, punição, sofrimento, vem do latim poena -ae, que por sua vez veio do grego póinē.
Entendo que o sentido seja o de valer o sacrifício, pois foi com esse significado que a palavra entrou no português e que a expressão "valer a pena" passou a ser usada.
Ainda que considerássemos a pena como o instrumento antigo usado para escrever, seria possível dizer "escrever à pena", "escrevi à pena", mas o verbo "valer" não faria muito sentido nesse contexto, não é?
Um vale (de quê?) escrito à pena é possível de se imaginar, mas ele não seria chamado de "vale à pena", seria um vale de alguma coisa (e não de como foi escrito).
Até vale a pena imaginar situações mirabolantes como essa, para se divertir um pouco... rs.
"Paguei a vista." Sem crase pode ficar entendido que me sentei à mesa do restaurante, onde existia uma bela vista do Cristo e paguei pela vista que foi oferecida. Quando eu "pago à vista" o contexto já muda, trata-se da forma como eu paguei, ok? Então se eu falar assim: Sei o quanto vale a pena, na verdade ela custa R$2,00. Olha o que gerei quando retirei a crase dessa expressão, eu acho que mudei totalmente o sentido, não? Acho que a sua explicação para "vale a pena" e "vale à pena" está bem estranha... Leia o livro "Crase + fácil" das autoras Margarida Ottoni e Norma C. Brault e você perceberá que o caso de crase em locuções não têm nada a ver com a regência dos verbos.