De pronúncia e grafia estranhas e difíceis, qüiproquó é palavrinha conhecida de muita gente. É a confusão causada por um engano. Confusões à parte, sua origem é um tanto quanto curiosa. O dicionário “Houaiss” marca o primeiro registro dessa palavra na língua portuguesa no ano de 1697. Veio do latim “quid pro quo”, que significa “uma coisa pela outra”. No contexto dessa época, “quid pro quo” era o nome dado a um livro que os boticários tinham para pesquisar uma droga na falta de outra. E não era raro acontecer de se confundir na troca, podendo ser vendido veneno no lugar de remédio. Daí o engano. Do significado primeiro de “livro que existia nas farmácias para indicar as substâncias que deveriam substituir as receitadas pelo médico, caso a farmácia não as possuísse”, derivou, por extensão de sentido, para engano, equívoco, “erro que consiste em tomar-se uma coisa por outra”. Por fim, chegou, por metonímia, ao sentido de “confusão criada por esse engano”.
Respostas para as dúvidas mais cotidianas.